Salve Geral

 

O filme se passa em maio de 2006, quando o Primeiro Comando da Capital sitiou a cidade de São Paulo, com mais de 25.000 presos rebelados, 251 ataques (inclusive a unidades policiais) e centenas de mortos. Leia o texto Ataques do PCC em São Paulo: 3 anos.

“Salve Geral” está sendo acusado, antes mesmo de ter sido lançado nos cinemas, de criar um vínculo afetivo entre o público e os presidiários, crítica que é rebatida de modo veemente pelo blogueiro Jorge Antônio de Barros, o Repórter de Crime:

Assim como “Tropa de Elite” foi considerado fascista porque mergulhou na visão estereotipada de um policial de unidade especial, há quem vá considerar “Salve Geral” um filme liberal por mostrar as estranhas do crime organizado. Esse caráter documental é que faz dele um filme excepcional. Quatro meses após os ataques de São Paulo, Sérgio Rezende decidiu fazer o filme concluído apenas três anos após o episódio. É o que eu chamaria de “instant-movie”, um filme baseado em fatos reais. A realidade brasileira tem assunto para um “instant-book” por mês e um “instant-movie” por ano. Está aí o grande crítico de cinema José Carlos Avellar, que participou da conversa com Sérgio Rezende, no café do Unibanco Artplex, quinta-feira passada:

- Nos últimos dez anos, o cinema brasileiro tem se especializado em histórias baseadas em fatos reais – diz Avellar.